Indescritível
Nunca vi meu time campeão. Nunca enchi a cara, fui na Paulista, ouvi o hino tocando na TV, essas coisas. Portanto, não sei como é a emoção máxima do futebol.
Mas acho que deve ser algo parecido com o que senti ontem.
Na boa: foi foda, foda mesmo. Como falei em outra mensagem, eliminar o São Paulo teria uma carga muito maior do que avançar às semifinais do Brasileiro. Seria, mesmo que em menor escala, uma vingança aos males causados a nós pelo clube do Morumbi na década de 90.
E tudo isso aconteceu ontem. Assisti o jogo na FEA-USP, em uma sala tomada por são-paulinos e corinthianos dando uma de santistas. Mas tudo bem. A tensão tomou conta de mim o jogo inteiro, e na hora que o SP abriu o placar o pensamento foi um só: "fodeu, hoje é goleada". O Santos equilibrou a partida, mas mesmo assim não conseguia ficar calmo. Acabou o primeiro tempo, e eu, pessimista como sempre, achava que seria fácil para o tricolor fazer o segundo e o terceiro no segundo tempo, acabando assim com o nosso sonho.
Mas não foi isso que aconteceu. Surpreendentemente, o Santos jogou melhor, e empatou com Léo. Não consegui comemorar o gol; ele foi insuficiente para diminuir meu pessimismo. O tempo passava, o placar não se alterava. Bolas na trave. E eu, quase tendo um ataque cardíaco.
Aos 44 do segundo tempo comecei a achar que havia uma possibilidade de nos classificarmos para as semifinais. Santistas (e uns corinthianos) no lugar gritava "é nóis, é nóis". Um ataque frustrado do SP me fez pensar que a possibilidade da classificação era real. O contra-ataque e o gol do Diego me deram essa certeza. Além dela, me deram lágrimas e uma alegria indescritível.
Sei lá como são as coisas. Mas tô muito, muito feliz. E seguramente, posso afirmar que o dia de ontem está entre os 3 melhores da minha vida.
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