segunda-feira, abril 28, 2003

Segunda divisão


É pessoal. Estreamos na segunda divisão. Uma sensação diferente, realmente. Como eu já imaginava, a ansiedade por esse jogo foi muito grande. Passei o sábado nervoso por causa disso e quando o jogo começou, no rádio, fiz o que sempre fazia quando ouvia jogos decisivos e nervosos: me isolei na sala com a luz apagada deitado no sofá com o radinho no ouvido.
Parecia uma final de campeonato, não sei por quê. Logo de cara tomamos um gol, mas pelo que ouvia, o time estava jogando razoavelmente bem. Conseguiu equilibrar a partida no primeiro tempo e no segundo foi bem superior. Acho que no fundo o time percebeu que é fraco e passou a querer jogar como tal. No segundo tempo a nossa pressão era grande. Comecei a temer pelo segundo gol deles pois perdíamos muias oportunidades, mas por outro lado estava confiante que marcaríamos.
Como eu tinha combinado de encontrar um amigo às 23h no sábado, tive de sair de casa antes do fim do jogo. Nunca corri tanto do portão de casa (onde meu pai estava com o rádio ligado pra me avisar eventual gol) até meu carro. O rádio então foi colocado mesmo antes de fechar a porta. Nenhum gol havia saído. Eram 35min do segundo tempo e o empate não vinha.
Aos 41min estava no farol da rua do Olavo com a Lucas Nogueira Garcez em São Bernardo. Ao abrir o farol o gol saiu. Fazia tempo que não gritava e vibrava tanto com um gol. Puta que o pariu! Até buzinei.
Assim que acabou o jogo, liguei pro meu pai pra comemorar um pouco com ele o gol de empate no final. Esse gol, não sei por que, significou muito. Depois de uma derrota de 7x2, um empate fora de casa era o mínimo o time precisava pra se acalmar e passar um mínimo de esperanças pra mim. Além disso, esse time do Brasiliense vai dar o que falar. Tem vários jogadores experientes de grandes equipes, mas ainda não estão entrodados.

Estamos na série B mesmo, e agora não tem mais volta. Vamos ganhar essa porra ou pelo menos ser vice.
Vamos lá Palmeiras!