segunda-feira, maio 26, 2003

O tal do estatuto...


Ontem eu foi ao jogo do Santos, o primeiro sob as normas do Estatuto do Torcedor. Confesso que fiquei empolgado com a segurança, o conforto e... e vamos parar de mentir.

Mudanças? Pouquíssimas. Nas imediações da Vila, orientadores auxiliavam a entrada das pessoas no estádio, com pranchetas e um belo mapinha do Urbano Caldeira, com todos os portões e tudo o mais. Até interessante pra quem vai poucas vezes à Vila - mas uma coisa que tá na cara que não veremos mais quando a discussão sobre essa legislação sair dos holofotes.

Dentro do estádio, a numeração dos ingressos era um sonho. Nada disso, tudo como antes - o que, na minha opinião, é até meio que correto. Não vejo necessidade alguma de se numerar os ingressos da arquibancada. Mas isso é outra discussão.

Alguns cartazes na Vila indicavam a localização dos banheiros, da lanchonete, da enfermaria... mas para eles vale o mesmo comentário dos orientadores: são legais e tal, mas não durarão muito tempo, só o suficiente para esquecerem do estatuto.

A coisa mais legal, sem dúvida, foi levar o ingresso como recordação. Me arrependo de não guardar os canhotos da época das entradas de papel - o da final de 1995, inclusive, rasguei em um momento de fúria. Mas claro que nossa diretoria tem que mostrar o seu "profissionalismo" característico. A devolução dos ingressos era feita da seguinte maneira: as catracas foram modificadas, de forma que o leitor ficava pra fora. Dava pra ver os fios da máquina... aí, após a leitura do ingresso, um fiscal o recolhia, fazia uns riscos na parte magnética e o devolvia para o torcedor. Meio rudimentar, mas melhor que nada.

Em suma, acho que essa lei não vai pegar não. Principalmente por não abordar pontos importantíssimos na ida do torcedor ao estádio. Não precisamos de assentos numerados, mas sim de segurança, conforto, estacionamento, e essas coisas que quem vai no estádio com frequência sabe muito bem.