quinta-feira, julho 03, 2003

É complicado, é complicado...


Cheguei no Morumbi por volta das 19 horas. Depois de despistar uns (literalmente) 30 guardadores de carro, acabei deixando o Fiestão na frente do Albert Einstein, longe do estádio e mediante R$ 10,00 pro flanelinha. Que saudade do Mc Donald's da Vila...

Descendo a rua, a paisagem era interessante: milhares, milhares de pessoas com a camisa do peixe. Algo que eu nunca tinha visto. E até havia cambistas "ao contrário": caras que perguntavam a todos que passavam pela rua se tinham ingressos pra vender.

Entrar no estádio foi emocionante. Aliás, sempre é, falaí pessoal; a hora que a catraca engole seu ingresso e o cara fala "pode passar"...

No Morumbi, mais festa da galera. O estádio estava bonito, só santistas, e todo mundo cantando, fazendo a "ola". Quando o time entrou, a produção foi espetacular, e a galera entrou no clima. Parecia que uma grande festa iria começar. Parecia.

Foi só a bola rolar pra torcida NÃO se manifestar o jogo inteiro. Uma vergonha. Não quero ser preconceituoso nem me achar mais santista que ninguém, mas tô de saco cheio de ver a torcida do Santos enchendo o estádio e ficando quieta.

Muitas famílias, muitas crianças, mas nada de empolgação. O grito que era pra predominar ontem (Santos, o time da virada; Santos, o time do amor), nem era conhecido pela maioria dos torcedores. E pra ser simples e direto, a torcida ontem foi muito CUZONA.

Claro que o time não ajudou. A apresentação de todos os jogadores, com exceção de Diego e Alex, foi pífia. Eu que falava aos quatro cantos que o Santos não pipocaria, fui obrigado a engolir o contrário. As duas linhas de quatro e a marcação muito bem montada pelo Carlos Bianchi mataram o Santos. O time não conseguiu mostrar criatividade para escapar dessa "armadilha", e não jogou NADA. Nem pudemos vir com aquele choro típico de perdedor santista, como "o time perdeu por fatalidades, jogando melhor", etc., etc...

O fato é que a partida de ontem, além da dor imediata pela perda do título, me trouxe outro pesar. É inevitável sair pessimista daquela partida. A torcida me entristeceu muito, e me parece que o time não vai mais manter a boa fase.

Sei lá, um sentimento que tudo vai voltar ao normal, ou seja, ao sofrimento que marcou minha história de torcedor durante todos os anos (menos o segundo semestre de 2002) da minha vida. E isso é foda.

Tomara que eu esteja errado, afinal, estamos muito bem no Brasileiro. E domingo tem o Coritiba pela frente. Estarei lá.