"O bandeira tá correndo pro meio do campo..."
Falei nos comentários do meu post anterior sobre meu vício de só comemorar um gol quando vejo que o juiz já o confirmou. E isso é verdade, não tem jeito. Enquanto eu não constatar que o “Homem de Preto” já confirmou o tento, não faço a mínima festa pelo fato da bola já ter ultrapassado a linha fatal.
E posso precisar a data de quando comecei com esse hábito. 17 de dezembro de 1995, dia da fatídica decisão do Brasileiro daquele ano, contra o Botafogo. O jogo seguia em um 1x1 dramático, que nos tirava o título. O Santos pressionava de todos os modos. Tinha escanteio, chute de fora da área, tabelinha, falta perigosa e nada da bola entrar.
Até que, no meio do segundo tempo, bola na área do Botafogo. Camanducaia sobe mais alto que os cariocas, mete a cabeça e a bola vence o maldito Vágner. O gol do título.
Comecei a comemorar que nem um louco. Pulei e virei pra abraçar meu primo. Porém, quando faço isso, percebo que ele não está comemorando. A impressão dele era atônita, assustadora. Ele olha pro campo fixamente. Atrás de mim alguém diz: “o filho da puta anulou”. Olho pro campo e constato que realmente o filho da puta anulou. E nada de gol do título.
Por isso, hoje, o gol só acontece quando o juiz aponta o centro do campo e o bandeirinha sai correndo. Não adianta chutar a bola no ângulo, estufar as redes, nada.
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