quarta-feira, novembro 19, 2003

Divertido e diferente


Estava chegando na Vila e vi um pai com um menino, que vestia a camisa do Brasil. Na hora, pensei: “putz, menos mal que é uma criança, mas mesmo assim acho que esse cara vai passar um aperto hoje”...

Ledo engano. Muitas pessoas estavam com a camisa da seleção na Vila – mas em número muito menor que as do Santos, claro – e passavam pelos santistas na boa.

Essa foi só uma das coisas “diferentes” que aconteceu no jogo de ontem. Essa é a melhor partida pra definir a partida, “diferente”. Só assim pra eu ir pro estádio, ver meu time levar de 3x1 e não sair nervoso.

Um dos momentos-auge foi a execução do Hino Nacional. Porra, ontem a seleção era o time adversário – vamos cantar o hino do inimigo? Nem ferrando. Foi muito legal, então, quando um cara da Jovem gritou “Santos, Santos, GOOOL!” no meio dos “ouviram do Ipiranga” da vida. Cantamos os dois hinos do Santos, e ainda deu tempo de cantar um “dos filhos desse solo és mãe gentil”...

Aliás, quem estava em campo ontem não era o Santos, e sim um time reserva: só Léo e Fabiano de titulares. Do outro lado, Paulo Almeida, Alex, e, principalmente, Robinho. Como é estranho ver aquele cara do outro lado! E o pior – jogando pra caralho! Foi foda. Ele foi, disparadamente, o melhor em campo.

Depois de um primeiro tempo morno, a Seleção fez 2x0 com pouquíssimo tempo de jogo (38 segundos). Mais “mornice” até o Santos diminuir – com Jaílson, o jogador que tem o mesmo nome do meu cachorro.

A festa da torcida, com esse 2x1, foi impressionante. Era um jogo que não valia nada, que estávamos com o time reserva, que não éramos nem um pouco favoritos... e se o Santos empatasse? Putz, ia ser festa até não acabar mais. Por isso a Jovem entrou em êxtase. Gritamos (eu tava no meio) que nem doidos, pulamos, cantamos todos os hinos... e aí nem vimos o terceiro gol da seleção, que fechou o nosso caixão. Mas tudo bem, valeu a pena. Foi um jogo divertido.