sexta-feira, maio 30, 2003

O jogo que nunca aconteceu



Desafio todos os leitores desse blog (que não são muitos, eu sei) a lembrar de 1 (um) único Flamengo x Guarani sequer - com exceção do da semana passada, obviamente. Tenho certeza que foi a primeira vez que esses times se enfrentaram. Ô jogo pra não deixar lembranças, pelo amor de Deus!

quinta-feira, maio 29, 2003

Futebol de resultados, finalmente



Uma crítica que eu (e mais um monte de gente) fazia a esse time do Santos era sobre a incapacidade da equipe jogar simplesmente pensando na vitória - parecia que a obrigatoriedade do show era uma constante. Faltava ao Peixe a capacidade de jogar simples, direto, visando os três pontos.

Mas ontem foi isso que o Santos fez. Um jogo sem frescuras, sem gracinhas, objetivo pra caramba. Logo aos 13 minutos, 1x0 no placar. E a partir daí, o time não se entregou, não ficou sofrendo pressão do Cruz Azul. Por outro lado, também não saiu que nem doido pro ataque - fez a coisa de maneira calma, tranquila. Criou diversas chances de gol e não viu os mexicanos fazerem nada.

Os jornais de hoje estampam nas manchetes que o Santos ganhou com futebol medíocre... peraí! Não acho, de maneira alguma, que vencer por 1x0 na Libertadores com o time adversário dando apenas um chute a gol seja medíocre. Acho que esquecem que futebol se faz de ataque e defesa. Se o Santos não foi 100% no ataque, merecia uma nota 10 na parte defensiva, com certeza.

E vou falar uma coisa que achei que nunca fosse dizer na vida: Pereira foi o melhor em campo! É verdade, esse zagueirão estranho jogou bem ontem e contra o Inter, no domingo. Robinho, se não é o mesmo de 2002, está melhorando seu futebol, com atuações boas ontem e na mesma partida contra o Inter.

As coisas estão caminhando. Tá tudo indo muito bem. E que venha o Independiente!

segunda-feira, maio 26, 2003

O tal do estatuto...


Ontem eu foi ao jogo do Santos, o primeiro sob as normas do Estatuto do Torcedor. Confesso que fiquei empolgado com a segurança, o conforto e... e vamos parar de mentir.

Mudanças? Pouquíssimas. Nas imediações da Vila, orientadores auxiliavam a entrada das pessoas no estádio, com pranchetas e um belo mapinha do Urbano Caldeira, com todos os portões e tudo o mais. Até interessante pra quem vai poucas vezes à Vila - mas uma coisa que tá na cara que não veremos mais quando a discussão sobre essa legislação sair dos holofotes.

Dentro do estádio, a numeração dos ingressos era um sonho. Nada disso, tudo como antes - o que, na minha opinião, é até meio que correto. Não vejo necessidade alguma de se numerar os ingressos da arquibancada. Mas isso é outra discussão.

Alguns cartazes na Vila indicavam a localização dos banheiros, da lanchonete, da enfermaria... mas para eles vale o mesmo comentário dos orientadores: são legais e tal, mas não durarão muito tempo, só o suficiente para esquecerem do estatuto.

A coisa mais legal, sem dúvida, foi levar o ingresso como recordação. Me arrependo de não guardar os canhotos da época das entradas de papel - o da final de 1995, inclusive, rasguei em um momento de fúria. Mas claro que nossa diretoria tem que mostrar o seu "profissionalismo" característico. A devolução dos ingressos era feita da seguinte maneira: as catracas foram modificadas, de forma que o leitor ficava pra fora. Dava pra ver os fios da máquina... aí, após a leitura do ingresso, um fiscal o recolhia, fazia uns riscos na parte magnética e o devolvia para o torcedor. Meio rudimentar, mas melhor que nada.

Em suma, acho que essa lei não vai pegar não. Principalmente por não abordar pontos importantíssimos na ida do torcedor ao estádio. Não precisamos de assentos numerados, mas sim de segurança, conforto, estacionamento, e essas coisas que quem vai no estádio com frequência sabe muito bem.